quinta-feira, 2 de julho de 2009

Como melhorar o som do seu violino?

Me lembro do meu primeiro violino, de como as cordas A e E soavam como um pernelongo gripado e minha maior dúvida era se o problema era o violino ou eu. Com o tempo descobri que o problema não era eu, e sim o violino! Claro que com o estudo o som que eu tirava do instrumento melhorava gradativamente, mas aquele timbre estridente continuava me perturbando (e os vizinhos também!). Então comecei a pesquisar e a perguntar para outros colegas o que seria possível fazer. Percebi que muitos violinistas mais experientes (e muitos deles esnóbes), diziam que só comprando um violino de no mínimo alguns mils reais para o problema ser resolvido. Mas também via outros estudantes tirando belos sons de violinos relativamente baratos. Resumindo, li um artigo de um famoso luthier dizendo que um bom timbre vem de 3 coisas: 1/3 qualidade das madeiras, 1/3 qualidade da construção do violino e 1/3 do setup.
Se você não pode mudar os 2/3 iniciais, então só resta mexer no último 1/3, o setup! Setup envolve cordas, cavalete, regulagens de pestana, alma, etc. Primeiro tenha certeza que seu instrumento está bem regulado, se não souber como faze lo, leve a um luthier. Depois troque as cordas! Cordas baratas, principalmente aquelas já instaladas no violino ao compra lo, são horríveis (no caso dos violinos mais baratos, na maioria chineses). Troque por cordas melhores, não são baratas, mas melhora muito o timbre! A Pirastro faz cordas desde mais baratas até super caras, é uma ótima escolha. Existe ainda a D´Adario que também tem um ótimo custo benefício, e das nacionais a Mauro Calixto é muito indicada por professores, cordas da Plander (só encontradas na loja que leva o mesmo nome), tem perlon e prata em sua composição e um preço bem interessante!
Após providenciar os ajustes necessários e cordas de qualidade, você ainda pode trocar o cavalete, unica marca que conheço efetivamente, é a Aubert, que faz cavaletes de muito boa qualidade e preços muito bons, isso ajudará também no timbre. A troca de outras partes, como estandarte e cravelhas por outras em ébano ou madeiras de qualidade creio que não compense muito, pois o investimento começaria a sair um pouco alto, melhor economizar para a compra do próximo violino!
Tudo influência em um bom timbre, dizem que até a marca do breu conta! Claro que se todo o seu conjunto for bom, o timbre será bom, se todo seu conjunto for do mais barato... o som que sairá do seu violino você sabe como é...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Como Segurar o Arco

Com certeza a maior dificuldade de incitantes é segurar o arco de forma correta. Me lembro do meu primeiro contato com o arco, cheguei a pensar que a forma "correta" de segurar o arco não poderia estar correta, tamanha a dificuldade. Dificuldade esta, que é facilmente vencida após alguns dias de prática!

Vamos começar pela parte mais difícil! A posição do polegar no talão. A posição da foto ao lado é a correta, com a parte superior (ou as costas do dedo) encostando na parte de metal no começo da crina, se seu polegar for menor, você pode posicionar lo mais para dentro do talão, ou seja, praticamente dentro daquele vão que existe no talão, afastando se da crina, embora esta posição da foto, demonstre o polegar praticamente encostando na crina não é incorreta!
Ao segurar o arco, irá acontecer um tipo de efeito alavanca e todo o peso do arco praticamente irá ficar exatamente nesta parte de cima do dedo, nas costas do polegar, quando você sentir o peso do arco nesta parte do polegar, irá entender e saber que está segurando de forma correta, assim os outros dedos ficam praticamente livres!
Na imagem ao lado, como conclusão, podemos observar a posição dos demais dedos. Podemos usar o dedo médio e anelar apenas para "firmar" um pouco o arco, indicador e mindinho não devem participar da sustentação do arco. Lembre se que o mindinho deve ficar apenas apoiado na parte superior do arco. Tanto mindinho como indicador, possuem função de dar movimento apenas, pressionando o indicador contra o arco, o arco irá inclinar para baixo, usamos ele quando queremos criar uma fricção maior da crina contra as cordas do violino, e o mindinho evita que o arco se incline de mais para frente, evitando um efeito de pêndulo e é usado com o efeito contrário ao do indicador, para "levantar" o arco.
Por fim lembrem se: A prática leva a perfeição!